‘É preciso ter cuidado com aquilo que é de todos’, afirma Marina durante visita ao Lago de Furnas
Marina Silva, candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, cumpriu agenda de campanha em Varginha (MG) nesta sexta-feira (26), onde visitou o Lago de Furnas, conversou com jornalistas e participou de um ato público na Associação Operária de Varginha. Ela falou de questões ambientais e abordou, principalmente, a questão da crise hídrica que o Brasil tem enfrentado.
“O Lago de Furnas é um exemplo importante da realidade econômica, social e ambiental do nosso país. O lago está sofrendo com a diminuição de água de seu reservatório, o que tem causado prejuízos à atividade econômica, principalmente à agricultura, ao cultivo do café. A situação do lago já tem se constituído também em uma preocupação para a geração de energia, tão importante para suprir a população dos meios para o desenvolvimento econômico de um modo geral”, disse.
“Nós sabemos que, quando não se tem cuidado com aquilo que é de todos, geralmente isso acaba prejudicando a todos. Tem um texto muito bonito chamado ‘A Tragédia dos Comuns’. Se há um objeto e alguém faz um dano a ele, o dono vai reagir no sentido de proteger o seu bem. No entanto, a água, que pertence a todos nós, a gente às vezes tem uma atitude de não cuidar. O mesmo ocorre com o ar. Ninguém fica muito preocupado com o ar, na maioria das vezes. Mas quando ele começa a ficar poluído, causando doenças respiratórias e criando problemas como chuvas ácidas, aí a gente começa a se preocupar. Isso é a tragédia dos comuns. Dos bens comuns geralmente a gente não tem o hábito de cuidar”, completou.
Segundo ela, o Brasil vive atualmente uma situação atípica no que diz respeito à água: “Somos uma potência hídrica. Temos 11% da água doce do mundo. Mas mesmo sendo uma potência hídrica, temos problemas de abastecimento de água. Esses problemas estão afetando várias partes do Brasil, como o semiárido, São Paulo e também a região de Varginha. Como resolver isso? Tendo cuidado com aquilo que é de todos: cuidando das nascentes e das matas ciliares, tendo programas de recuperação de bacias e fortalecendo os comitês de bacias, entre outras ações”.
Marina ainda falou que há mais de 15 anos vem dizendo que meio ambiente e economia não podem ser colocados em oposição, que têm de andar juntos. Ela exemplificou: “A Amazônia produz 20 bilhões de metros cúbicos de água por dia, a qual se transforma em vapor e faz as chuvas do Sul, do Sudeste e de boa parte do Centro-Oeste. Destruir a Amazônia significa transformar essas regiões em desertos como o do Saara”.
Após as atividades em Varginha, Marina seguiu para comícios em outras duas cidades mineiras: Juiz de Fora e Lagoa Santa.
Clique aqui e ouça a entrevista de Marina concedida em Varginha.
No hay comentarios:
Publicar un comentario